Hippolyte Léon Denizard Rivail era um professor cético, autor de livros pedagógicos na França do século XIX, até ver mesas girarem no ar e ditarem, ao som de pancadas, mensagens atribuídas ao além. Uma batida, letra A, duas batidas, letra B, e assim sucessivamente até se formar frases e textos inteiros, assinados por mortos ilustres ou anônimos.
Fraude? Hipnose coletiva? Autossugestão? Energia manipulada pelos vivos... Ou pelos mortos? O que estaria por trás daqueles fenômenos testemunhados por multidões na Europa, e reverenciados por celebridades?
Foi o que o professor decidiu descobrir.
Aos 53 anos, depois de pôr à prova o invisível, Rivail mudou de vida e de nome para dar voz aos espíritos. Tornou-se Allan Kardec, uma figura cada vez mais conhecida, admirada... E perseguida.
O que transformou um cético em um divulgador e codificador de uma doutrina? O que o convenceu a acreditar que os mortos estavam vivos e se comunicavam através de médiuns? O que o fez enfrentar adversários ferrenhos, da Igreja e da imprensa, para levar ao maior número de leitores sua fé na sobrevivência do espírito?
Allan Kardec, nome adotado por ele, veio de um comunicação com seres incorpóreos que diziam ser esse o nome do professor Denizard, numa existência passada entre os povos celtas. Sendo assim, o professor decidiu adotar o nome Allan Kardec.
Quando Kardec começou a participar das sessões de mesas girantes, mesas que recebiam pancadas, o ceticismo característico de sua personalidade estava alinhado ao rigor racional e científico. Assim sendo, num primeiro momento, ele rejeitou tais fenômenos. Mas, por insistências de conhecidos, participou e verificou que havia algo muito mais importante do que o fenômeno em si, ou seja, havia uma comunicação estabelecida, havia uma mente, uma inteligência por trás daqueles movimentos, daquelas batidas.
Nesse momento, a participação de Kardec foi de tentar uma comunicação racional e perguntas foram feitas para que ele chegasse a conclusões, utilizando-se de um método, pois, apesar de, naquela época, existir fenômenos reais, existia um grande número de charlatões que aproveitavam-se para enganar e ter benefícios, tanto de prestígio quanto financeiro.
Era uma época onde a ciência, a filosofia, a sociologia, a antropologia desenvolviam-se buscando entender o homem, a vida, o universo e o método e pensamento científicos tinham suas bases na lógica, razão e metodologia, que pudessem garantir consistências à quaisquer fenômenos apresentados.
Kardec aplicou o método baseando-se nessas premissas científicas, buscando através de perguntas profundas e importantes, encontrar respostas racionais, através de várias pessoas, em vários lugares, que intermediaram esses fenômenos, posteriormente, chamados por ele de médiuns.
A conclusão foi que seres incorpóreos registravam ideias e conceitos lógicos e ficou bem claro e cristalino o fato de serem "seres humanos" que "viviam" numa dimensão existencial próxima da nossa, a "Dimensão Corpórea". Esses seres foram denominados por ele, através da codificação da Doutrina Espírita, como Espíritos. Espíritos que viveram no nosso mundo corpóreo e que continuavam suas vidas nessa outra dimensão existencial, a "Dimensão Espiritual".
Desse estudo crítico e pormenorizado, surgiu a Doutrina Espírita e tudo mais que se sucedeu na vida desse grande homem chamado Allan Kardec.
"Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. O poder da causa inteligente está na razão da grandeza do efeito."Resumo escrito por nós do aplicativo Espiritismo com referências do livro "Kardec - A Biografia" autor "Maior, Marcel Souto".
Para maior entendimento você pode procurar o livro ou assistir o filme do Kardec que está disponível nas plataformas digitais como a Netflix.








Informações extraídas de blogs e fórums espíritas.